Primeiro interrogatório judicial. Ofensa à integridade física qualificada. Homicídio qualificado tentado. Detenção de arma proibida. Medidas de coação. DIAP de Sintra/Comarca de Lisboa Oeste.

A Procuradoria-Geral Regional de Lisboa torna público o seguinte:

O Ministério Público apresentou, no dia 22 de fevereiro de 2023, a primeiro interrogatório judicial um detido fortemente indiciado pela prática de um crime de ofensa à integridade física qualificada, um crime de homicídio qualificado, na forma tentada, e um crime de detenção de arma proibida.

Os factos ocorreram no dia 25 de novembro de 2022, no interior de um estabelecimento comercial de restauração/diversão noturna, sito em Massamá, propriedade do ofendido.

Resulta indiciado que, após um desentendimento relacionado com um indivíduo que se introduziu no interior do balcão no encalce de uma funcionária, um grupo constituído por oito indivíduos, do qual fazia parte o arguido, rodearam o ofendido, e em conjugação de esforços e intentos, desferiram-lhe muros e pontapés no corpo. O ofendido logrou afastá-los e acionou o botão de alarme instalado no bar, o que fez com que o arguido e outros indivíduos abandonassem o referido estabelecimento.

Volvidos alguns minutos, e após se ter munido de um objeto semelhante a uma arma de fogo, apto a disparar projécteis, o arguido introduziu-se novamente no bar e, no momento em que avistou o ofendido, empunhando o referido objeto, apontou-o à zona do peito daquele e efetuou um disparo, a uma distância de quatro metros em linha reta, atingindo um dos balcões de serviço, local onde se encontrava o ofendido, juntamente com outras funcionárias, não os logrando atingir por circunstâncias alheias à sua vontade. Em seguida, o arguido abandonou o local para parte incerta, levando consigo o referido objeto.

Na sequência do interrogatório e em consonância com o promovido pelo Ministério Público, foi aplicada ao arguido a medida de coação de prisão preventiva e a medida de proibição de contatar, por si ou por interposta pessoa, com as testemunhas identificadas no despacho de apresentação a primeiro interrogatório judicial.

O inquérito é dirigido pelo DIAP de Sintra.