Ofensas à integridade física. Detenção de arma proibida. Roubo. Violação. Primeiro interrogatório judicial. Medidas de coação. DIAP de Lisboa/Comarca de Lisboa.

A Procuradoria-Geral Regional de Lisboa torna público o seguinte:

No âmbito de dois inquéritos distintos, o Ministério Público apresentou a primeiro interrogatório judicial quatro arguidos fortemente indiciados de cometerem crimes graves no exercício das funções de seguranças privados.

No primeiro inquérito, os três arguidos estão fortemente indiciados da prática de um crime de dano com violência, três crimes de ofensa à integridade física qualificada, um crime de ofensa à integridade física grave, e três crimes de detenção de arma proibida.

Os factos indiciam que os três arguidos, em diversas situações ocorridas entre Outubro de 2021 e Julho de 2022, em Lisboa, junto ao local onde exerciam funções de segurança privada, agrediram violentamente várias vítimas com socos e pontapés, recorrendo, inclusivamente, a bastões e soqueiras.

No decurso das buscas às residências dos arguidos, foram apreendidos bastões, soqueiras, uma arma de fogo e munições.

Após o interrogatório, e em consonância com o promovido pelo Ministério Público, o juiz de Instrução Criminal aplicou a dois dos arguidos a medida de coação de suspensão de exercício de funções e apresentações trissemanais. O terceiro arguido ficou sujeito a apresentações semanais às autoridades.

No outro inquérito, o arguido está fortemente indiciado da prática de um crime de roubo, seis crimes de ofensa à integridade física qualificada, um crime de dano com violência, dois crimes de roubo agravado e um crime de violação.

Os factos indiciam que o arguido, entre Abril e Junho de 2022, no exercício das suas funções de segurança privada no Bairro Alto, e sem qualquer razão aparente, agrediu violentamente diversas vítimas, retirando-lhes objetos de valor como telemóveis, dinheiro e peças de ourivesaria.

Noutra situação, os factos indiciam que o arguido violou a vítima, sua conhecida, depois de a convidar para dar um passeio de automóvel na zona onde ambos trabalhavam.

Após interrogatório judicial, o arguido ficou sujeito à medida de coação de prisão preventiva.

As investigações prosseguem sob a direção do Ministério Público do DIAP de Lisboa, coadjuvado pela Polícia de Segurança Pública.