Furto de Metais não preciosos/ Apreensões/Prisão Preventiva/DIAP de Lisboa Sede

Ao abrigo do disposto no art. 86.º, n.º 13, al. b) do Código de Processo Penal, a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa torna público o seguinte:

No dia 20 de Abril de 2016 decorreu uma operação policial de detenção e buscas levada a cabo pela GNR- Núcleo de Investigação Criminal do Comando Territorial de Lisboa e do Comando Territorial de Santarém, ordenada no âmbito de um inquérito da 11ª secção do DIAP de Lisboa.

Os factos que deram origem ao inquérito ocorreram em Setembro de 2015, tendo entretanto sido ordenada a incorporação de dezasseis inquéritos que corriam em diferentes comarcas, entre as quais, do Montijo, de Caldas da Rainha, de Alenquer e de Porto de Mós.

Foram emitidos mandados de detenção pelo MºPº, para três dos suspeitos, que actuavam concertadamente nas áreas geográficas de Santarém, Leiria, Setúbal, e que pelo menos entre Dezembro de 2013 e Abril de 2016, auferiram de cerca de 100.000 euros (apreensão de facturas neste montante, emitidas em nome destes últimos, na sucateira alvo de busca) com a venda do cobre proveniente dos cabos de telecomunicações da empresa “MEO” .

Os prejuízos causados à operadora “MEO” entre Setembro de 2015 e Abril de 2016 foram contabilizados em mais de €50.000,00 ( cinquenta mil euros ).

Centenas de clientes ficaram ainda privados do fornecimento de serviços (informáticos, de TV e da rede telefónica) em consequência da actividade dos arguidos, por vários dias seguidos.

Foram ainda emitidos mandados de busca domiciliária, para veículos e para um estabelecimento de venda de resíduos , onde se apreenderam centenas de documentos relativos à venda deste tipo de material pelos arguidos.

Foram apreendidos na posse dos arguidos 200 kg de cobre, veículos, utensílios e ferramentas utilizados na actividade delituosa por eles desenvolvida.

Os arguidos foram presentes a 1º interrogatório judicial, tendo ficado fortemente indiciados pela prática de um crime de furto qualificado.

Dois dos arguidos ficaram em prisão preventiva e o terceiro sujeito à obrigação de se apresentar, diariamente, às autoridades policiais.

A investigação prossegue sob a direcção da 11ª secção do DIAP de Lisboa.