Furto de cabos de cobre em linhas subterrâneas da PT, zona da grande Lisboa. Acusação. Associação criminosa, 6 presos preventivos.

O Ministério Público requereu o julgamento em tribunal coletivo de 15 (quinze) arguidos pela prática dos crimes de associação criminosa, furto, dano e receptação.

No essencial ficou suficientemente indiciado que o grupo principal dos arguidos pertencia a uma organização criminosa que se dedicava ao furto de cobre nas linhas subterrâneas inactivas da Portugal Telecom (PT) na área da Grande Lisboa.

O principal líder do grupo foi detido.

De acordo com os indícios recolhidos, os arguidos criaram uma organização criminosa, constituída na sua maioria por estrangeiros, que conseguiram êxitos consideráveis nesta prática criminosa, fruto das conhecimentos privilegiados adquiridos enquanto (antigos) funcionários das empresas subempreitadas pela PT.

Para concretizar os furtos, o grupo deslocava-se às caixas de visita permanente da PT, munido de um furgão, adaptado, efetuando de seguida as operações de corte e carga dos fios de cobre.

O grupo era ainda composto por elementos que se dedicavam à separação de todos os componentes dos fios de cobre e por outros que procediam à receptação do material furtado, normalmente empresas de resíduos industriais, que faziam a introdução no mercado lícito deste tipo de metais não preciosos.

As transações realizadas por alguns elementos proporcionaram-lhes proventos muito elevados.

Os principais arguidos foram detidos numa operação levada a cabo no dia 31 de Maio de 2013 - designada 'Linha Segura' e realizada pela GNR sob a direção da UECEV do DIAP de Lisboa, durante a qual foram apreendidas 20 toneladas de cobre e chumbo, 10 mil euros em numerário, nove viaturas e diversa maquinaria industrial pesada.

Foram agregados 15 inquéritos.

Seis dos arguidos encontram-se em regime de prisão preventiva desde essa data.

A investigação foi dirigida pela UECEV do DIAP de Lisboa e executada pela GNR.