Detenção. Tráfico de estupefacientes. Prisão preventiva. DIAP de Almada/Comarca de Lisboa

Ao abrigo do disposto no art. 86.º, n.º 13, al. b) do Código de Processo Penal, a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa torna público que foram detidos e presentes ao Juiz de Instrução Criminal para primeiro interrogatório judicial, dois arguidos, fortemente indiciados pela prática de um crime de tráfico de estupefacientes.

Os arguidos são suspeitos de se dedicarem desde data não concretamente apurada, mas anterior a 18.06.2019, à atividade de venda de substâncias estupefacientes na zona do Monte da Caparica, Trafaria e Almada e, de no âmbito dessa atividade, terem acordado entre si na realização, por um deles, de uma viagem ao Brasil, com o objetivo de adquirir e transportar para Portugal cocaína em estado puro (pasta base), a qual após, já em território nacional seria devidamente preparada com outros produtos associados (redrate, neo-sineferina, cafeína e outros), por forma a fazer aumentar exponencialmente a sua quantidade, que após seria dividida e destinada à venda, em doses individuais (quartas) aos consumidores que os procurassem para o efeito.

Na prossecução desses intentos, tal viagem veio a realizar-se no final do mês de Setembro de 2019, conseguindo um dos detidos, na execução do plano gizado, adquirir cocaína em estado puro (pasta base), com o peso aproximado de três quilogramas, a qual, após a futura divisão nos moldes acordados ascenderia a quantidade de produto estupefaciente correspondente a mais do que um milhão de euros. Fê-la transportar até território nacional em mala com fundo falso e de forma oculta, vindo a ser intercetado, após ter transposto as portas do Aeroporto em Lisboa e, por isso, detido no passado dia 8 de Outubro de 2019.

Para além disso, os arguidos tinham nas suas residências produto estupefaciente devidamente divido e acondicionado e destinado a ser vendido a quem o solicitasse, além de bens, objetos e substâncias destinados a preparar a substância estupefaciente para a venda, e quantias monetárias avultadas.

Aos arguidos foi aplicada a medida de coação de prisão preventiva.

O processo encontra-se em segredo de justiça.

A investigação prossegue sob direção do Ministério Público de Almada do DIAP da Comarca de Lisboa, com a coadjuvação da GNR- Destacamento da Charneca da Caparica (NIC).