Detenção. Tráfico de estupefacientes. Falsificação de documentos. Detenção arma proibida. Condução sem habilitação legal. Prisão preventiva. Proibição contactos. Diap de Almada/Comarca Lisboa

A Procuradoria-Geral Regional de Lisboa torna público o seguinte:

Foram detidos e presentes ao JIC, para primeiro interrogatório, quatro arguidos indiciados pela prática de crimes de tráfico de estupefacientes, de falsificação de documento, de condução sem habilitação legal, na forma continuada, e de crime de detenção de arma proibida.

Resulta indiciado nos autos que os arguidos, pelo menos desde o mês de maio de 2020, dedicavam-se à atividade de venda de estupefacientes, nomeadamente de canábis, cocaína e heroína, sendo uns dos principais abastecedores de um dos bairros do Monte de Caparica, em Almada.

Desde o início do ano de 2021, passaram também a abastecer vários estabelecimentos prisionais da zona metropolitana de Lisboa e outras, diretamente, ou aproveitando as autorizações precárias dos reclusos, recorrendo ainda sempre que necessário a intermediários para lhes entregar estupefacientes, nos respetivos interiores.

Um dos arguidos está também indiciado de fazer-se sempre transportar em veículo automóvel sem possuir qualquer habilitação para o efeito e de possuir documentos de identificação forjados.

Na sequência de buscas domiciliárias realizadas às suas residências e aos locais onde guardavam o produto estupefaciente, foram encontrados vários telemóveis, munições, armas de fogo e réplicas, material de corte, balanças de precisão, quantias monetárias, produto estupefaciente dividido em várias poções, vindo a ser apreendido cerca de 1 quilograma de canábis em bloco, 158,2 gramas de cocaína e 383,3 gramas de heroína, já divididos e prontos a serem comercializados.

Na sequência do interrogatório, o Ministério Público requereu a aplicação a dois dos arguidos da medida de coação de prisão preventiva, a qual foi aplicada pela juiz de Instrução. Os demais, também em consonância com o promovido pelo Ministério Público, foram sujeitos a proibições de contactos, de frequentar a residência dos coarguidos, de se ausentarem do país, ficando ainda obrigados a apresentações periódicas semanais.

A investigação prossegue sob direção do Ministério Público das Secções de Almada do DIAP da Comarca de Lisboa, com a coadjuvação da GNR (NIC- Destacamento da Charneca da Caparica).