Detenção. Tráfico de estupefacientes. Detenção de arma proibida. Ofensa à integridade física qualificada. Coação agravada. Ameaça agravada. Prisão preventiva. DIAP de Almada/Comarca de Lisboa.

A Procuradoria-Geral Regional de Lisboa torna público o seguinte:

Foi detido e presente ao JIC, para primeiro interrogatório judicial, um arguido indiciado pela prática do crime de tráfico de estupefaciente, do crime de detenção de arma proibida, do crime de ofensa à integridade física qualificada, do crime de coação agravado e de crimes de ameaça agravada.

Resulta fortemente indiciado que o arguido é suspeito de, desde o inicio do ano de 2020 e até à presente data, na zona de Vale Figueira, em Almada, se dedicar à aquisição para posterior venda e cedência de haxixe a toxicodependentes que o procuram por contacto telefónico ou diretamente na via pública e nas habitações que utiliza para o efeito.

Por forma a conseguir rentabilizar essa atividade, desde cedo visou obter a exclusividade na venda de produto estupefaciente na zona em que atua.

Para o efeito, munindo-se de armas brancas e de armas de fogo, exibia-as e utilizava-as com potenciais vendedores de produto estupefaciente, sendo que em várias ocasiões, chegou a abordar potenciais concorrentes, desferindo-lhes vários golpes por todo o corpo, de tal forma que muitos tiveram necessidade de intervenção médica e hospitalar.

Por vezes, muniu-se também de arma de fogo para a qual não tinha qualquer autorização legal. Exibia-a e disparava para o ar, intimidando-os, o que conseguiu.

Na sequência de busca domiciliária foi encontrado na posse do arguido produto estupefaciente e vários objetos relacionados com a sua comercialização, bem como dinheiro.

O arguido havia já sido detido e sujeito a primeiro interrogatório judicial de arguido detido, onde lhe foram aplicadas medidas de coação não privativas da liberdade pelo Juiz de Instrução.

Na sequência do interrogatório, o Ministério Público requereu a aplicação ao arguido da medida de coação de prisão preventiva, a qual foi aplicada pelo Juiz de Instrução.

A investigação prossegue sob direção do Ministério Público das Secções de Almada do DIAP da Comarca de Lisboa, com a coadjuvação da GNR- NIC-Destacamento da Charneca da Caparica.

O inquérito encontra-se em segredo de justiça.