Crime organizado transnacional. Furto de residências na área de Lisboa. Geórgianos. 10 arguidos em prisão preventiva. MP no DIAP de Lisboa.

No dia 19 de Junho, o Ministério Público da UECEV no DIAP de Lisboa desencadeou com o SEF uma operação de buscas e detenções tendo como alvo um grupo de indivíduos organizados para a prática sistemática de crimes de furto em residências.



No essencial estão reunidos fortes indícios de que estes indivíduos actuavam de forma altamente organizada, fazendo parte de uma organização estruturada e dirigida por líderes a partir da Geórgia que comandam actividades criminosas desenvolvidas em vários países europeus designadamente em França, na Itália e na república Checa procedendo à falsificação de toda a documentação de identificação necessária à circulação no espaço europeu e ao desenvolvimento desta actividade criminosa com reciclagem dos elevados proventos auferidos.



O grupo tinha divisão de tarefas entre os vários membros, mantinham um fundo de maneio próprio com o produto dos vários furtos praticados em Portugal, faziam a transferência de dinheiros para os líderes, asseguravam todas as despesas dos operacionais que se encontram presos no país e apoiavam financeiramente as respectivas famílias.



Mantinham medidas de segurança especiais a alcançar a impunidade, faziam contra-vigilâncias para iludir a actividade policial e obedeciam a regras rígidas de actuação criminosa o que lhes permitia prosseguir nas actividades criminosas de furtos em residências.

As residências eram assaltadas sem deixar qualquer vestígio da autoria e os bens eram rapidamente reciclados.

Alguns destes suspeitos já haviam sido detidos e acusados pelo MP da 11ª secção em 8 processos anteriores a este pela prática de vários furtos em residências, o que permitiu prosseguir na recolha dos indícios probatórios.

Foram detidos 17 suspeitos, executadas 9 buscas domiciliárias.

Os arguidos foram presentes pelo MP para primeiro interrogatório de arguido detido indiciados pela prática do crime de associação criminosa e de sete crimes de furto qualificado em residências na área de Lisboa praticados de Outubro de 2012 a a Junho de 2013.



Após interrogatório judicial, ficaram em prisão preventiva 10 arguidos, indiciados por associação criminosa, auxílio à imigração ilegal, furtos qualificados em residências, falsificação de documentos.