Combate ao tráfico de estupefacientes. Desmantelamente de redes de tráfico internacional e de distribuição ao consumidor. DIAP de Lisboa

No mês de Abril, foi deduzida acusação contra cinco arguidos pela prática de um crime de tráfico de produtos estupefacientes com carácter internacional.

No decurso do inquérito, e de acordo com os indícios recolhidos, foi possível identificar e desmantelar um grupo de indivíduos, liderado por dois indivíduos de sexo feminino de nacionalidade brasileira, que se dedicava ao tráfico de estupefacientes, designadamente de cocaína e bolotas de haxixe.

A cocaína era adquirida no Brasil e o haxixe em Marrocos e depois transportados desses países para Portugal, pelas próprias arguidas líderes da “associação”, quer por outros indivíduos, vulgarmente conhecidos como “correios” que para o efeito recrutavam.

No decurso da investigação, com contornos especialmente complexos, atento o carácter internacional da investigação, foram realizadas várias detenções de “correios”, algumas destas detenções foram realizadas em outros inquéritos e juntas as respectivas certidões aos autos, tendo ainda sido realizadas várias buscas domiciliárias, intercepções telefónicas, vigilâncias policiais e apreensões de elevadas quantidades de cocaína e bolotas de haxixe, desmantelando-se assim a referida rede internacional.

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Também em Abril, foi deduzida acusação contra sete arguidos, dos quais dois se encontram em prisão preventiva pela prática de um crime de tráfico de produtos estupefacientes.

Esta investigação visava combater o tráfico de estupefaciente, designadamente de haxixe, que se pratica no Jardim do Campo Mártires da Pátria, em Lisboa.

O desenrolar das diligências de investigação permitiu identificar duas outras “redes” de tráfico, que actuavam a um nível superior, concretamente:

- A dos fornecedores dos arguidos que diariamente procediam à venda de produto estupefaciente no referido Jardim;

- Uma rede de tráfico com carácter internacional liderada por um dos arguidos, o qual recrutava “correios” para efectuarem por sua conta o transporte de bolotas de haxixe de Marrocos para Lisboa.

Salienta-se que nesta actividade eram recrutados indivíduos de classes muito desfavorecidas, que a troco de quantias monetárias irrisórias se disponibilizavam a transportar bolotas de haxixe no organismo desde Marrocos até Portugal.

No decurso da investigação, a qual teve início em Março de 2011, foram realizadas várias diligências com meios de obtenção de prova específicos e buscas, que culminaram com a apreensão de elevadas quantidades de produtos estupefacientes e quantias monetárias.

Foi ainda expedida uma carta rogatória às Autoridades Marroquinas em virtude de uns dos “correios” ter ficado detido nesse país, tendo o “cabecilha da rede” sido detido com mandados emitidos pelo Ministério Público fora de flagrante delito, encontrando-se o mesmo preso preventivamente à ordem dos autos.

Estas diligências permitiram o desmantelamento desta rede de tráfico internacional.

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Ambas as investigações foram dirigidas prela 1ª secção do DIAP de Lisboa.