Acusação. Homicídio qualificado tentado. Atentado à segurança de transporte rodoviário. Dano. Coação. Ameaça. Roubo. Furto qualificado. Ofensa à integridade física qualificada. Resistência e coação sobre funcionário. DIAP de Lisboa-Sede/Comarca de Lisboa

O Ministério Público deduziu acusação contra trinta e sete arguidos, perante tribunal coletivo, pela prática de crimes de: homicídio qualificado na forma tentada, atentado à segurança de transporte rodoviário, dano, coação, roubo, ofensa à integridade física qualificada, detenção de arma proibida, ameaça, furto qualificado, resistência e coação sobre funcionário.

No essencial, ficou suficientemente indiciado que os arguidos integravam um grupo organizado para a prática de atos de violência de claques/adeptos de clubes rivais, no âmbito do fenómeno desportivo, que nos anos de 2018 a 2020: - agrediu fisicamente e se apoderou de bens e valores de diversos ofendidos (essencialmente adeptos/membros de claque de clube desportivo rival); - causaram estragos em bar (tendo acedido ao seu interior estando este encerrado) dali retirando vários artigos sem proceder ao seu pagamento, e arremessaram diversos objetos contra elementos policiais que acudiram ao local, atingindo alguns deles, ao mesmo tempo que os ameaçavam e ofendiam verbalmente; - danificaram bens que não lhes pertenciam; - causaram estragos em estabelecimento comercial de adepto de clube desportivo rival; - dirigiram expressões ameaçadoras a elementos da equipa de Futsal de clube rival; - agrediram um ofendido em partes do corpo que sabiam albergar órgãos vitais e, por conseguinte, que os ferimentos aí causados poderiam determinar a morte, possibilidade com que se conformaram, apenas tal não se verificando por razões alheias às suas vontades; - arremessaram pedras da calçada contra o autocarro de clube rival, transportando passageiros, e partindo vidros do mesmo; - alguns dos arguidos detinham na sua posse armas, sabendo não lhes ser tal permitido.

Um dos arguidos encontra-se sujeito à medida de coação de prisão preventiva, cinco à medida de OPHVE e os demais a TIR

O inquérito foi dirigido pelo Ministério Público da 11.ª Secção do DIAP de Lisboa-Sede/ Comarca de Lisboa, com a coadjuvação da 3ª EIC/DIC da PSP de Lisboa.